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Conheça o lugar onde Jesus nasceu

Você já pensou em conhecer o lugar em que Jesus Cristo nasceu? Vamos dar um passeio na cidade de Belém, na Terra Santa.

Belém está localizada a 9 km de Jerusalém, em uma colina rochosa no limite do deserto da Judeia. Sua população atualmente é de aproximadamente 30 mil habitantes, sendo que 12% destes são cristãos. Segundo o Antigo Testamento, é o local onde Davi passou a infância e se tornou rei, quando ainda era um simples pastor de ovelhas.

”E tu, Belém Efrata, posto pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel” (Miqueias 5,2).

Essa profecia se cumpriu quando César Augusto ordenou que os súditos de todas as Províncias do Império Romano fossem recenseados, decreto este que trouxe Maria e José de Nazaré à sua cidade natal.

”José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, a cidade de Davi, chamada Belém, por ser da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Aconteceu que estando eles ali, completaram-se-lhe os dias, e Maria deu a luz o seu Filho Primogênito, enfaixou-o e o deitou na manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2,4-7).

Desde esse acontecimento, que marcou a transição entre o Antigo e o Novo Testamento, Belém se tornou imortal e vive no coração de milhões de cristãos.
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Gruta da Natividade
“Vimos a sua estrela no oriente, e viemos para adorá-lo… e eis que as estrelas que viram no oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino” (Mateus 2, 2-9).
A gruta é o ponto alto da Basílica da Natividade. O teto original do local foi substituído por outro de alvenaria do século IV. As paredes foram revestidas de aminiato à prova de fogo.

A gruta da manjedoura
Na gruta da manjedoura, local em que estava a manjedoura que abrigou Jesus após Seu nascimento, encontramos o altar dos Reis Magos. O solo é recoberto de mármore e no altar-mor encontra-se a estrela de prata – incrustada no chão – significando a “Natividade”, o provável local do nascimento de Cristo.
Gruta do Leite
Uma gruta próxima à Basílica da Natividade é considerada, segundo a tradição, o local onde a Sagrada Família parou, enquanto fugia para o Egito e onde, também, Nossa Senhora amamentou o Menino Jesus. A mesma tradição afirma também que, durante a amamentação, uma gota de leite caiu sobre a rocha da gruta, a qual se tornou branca. Razão pela qual o lugar ficou conhecido como a Gruta do Leite. Tanto os cristãos como os islâmicos acreditam que o pó branco do lugar ajuda a estimular a produção do leite materno e a intensificar a fertilidade.
No lado externo da gruta é possível encontrar uma sala reservada para testemunhos de mulheres de diversos países que tinham problemas de fertilidade e que após ingerirem o pó conseguiram engravidar.

Gruta de São Jerônimo
No ano 386, São Jerônimo instalou-se em Belém, onde fundou um mosteiro e concluiu uma nova tradução da Sagrada Escritura para o latim, iniciada em Roma por ordem do Papa São Dâmaso, de quem era secretário. Essa tradução foi adotada pela Igreja Católica como o texto oficial da Bíblia, sob a designação de “Vulgata”. Essa grande santo da Igreja morreu junto à Gruta de Belém em 420, aos 90 anos de idade.

Campo dos Pastores
A 3 km da Basílica da Natividade, em Belém, encontra-se o Campo dos Pastores. Segundo a tradição, trata-se do local onde os pastores receberam, por intermédio de anjos, o anúncio do nascimento de Jesus nessa cidade [em Belém].
O local desse acontecimento tem origem nas ruínas de um antigo monastério bizantino. O ambiente é composto por uma gruta, um santuário em meio a um jardim cuidado pelos Frades Franciscanos.



Símbolos do Natal

Natal é uma festa cristã e os seus símbolos, entre eles especialmente o presépio e a árvore enfeitadas com as prendas, constituem importantes referências para o grande mistério da Encarnação e do Nascimento de Jesus, que a liturgia do tempo do Advento e do Natal evoca constantemente.
Conheça os símbolos do Natal:

Árvore de Natal

No mundo, milhões de famílias celebram o Natal ao redor de uma árvore. A árvore, símbolo da vida, é uma tradição muito antiga que segue a história da Humanidade.
Os relatos mais antigos que se conhecem acerca da Árvore de Natal datam de meados do século XVII, e são provenientes da Alsácia, província francesa.
Descrições de florescimentos de árvores no dia do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo levaram os cristãos da antiga Europa a ornamentar suas casas com pinheiros no dia do Natal, única árvore que na neve permanece verde.
A “Árvore de Natal” é um símbolo natalino que representa agradecimento pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

A estrela 

A estrela na sociedade humana esteve sempre ligada como “bússolas naturais” das pessoas. Hoje os aparelhos de navegação evoluíram de tal forma que as estrelas se tornaram apenas ornamentos no céu, objeto de estudo. Contudo durante milhares de anos eram elas as responsáveis em guiar os navegadores pelos mares e os viajantes pelos desertos. Eram elas que indicavam a direção, o sentido, o porto seguro.
A estrela guiou os três reis magros Baltazar, Gaspar, Melchíor - desde o oriente até local onde nasceu Jesus para que pudessem presenteá-lo com ouro, incenso e mirra , é lembrada hoje pelo enfeite que é colocado no topo da árvore de Natal. E Jesus Cristo é a Estrela Guia da humanidade. Ele é o caminho, o Sentido, a Verdade e a Vida.

Os reis magos

“Eis que uns magos chegaram do Oriente a Jerusalém perguntando: ‘onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? … viemos adorá-lo, ‘… Eis que a estrela que tinham visto no Oriente, ia-lhes à frente até parar sobre o lugar onde estava o menino … e o adoraram. Abriram seus cofres e lhe ofereceram ouro, incenso e mirra”(Mt 2,1-12).
Não eram reis e sim sábios, estudiosos, mas o que isto importa? A mensagem é mais forte que esse detalhe. Esta narração tão plástica e viva, enriquecida posteriormente com aspectos lendários, como o nome dos três (Melchior, Gaspar e Baltazar), traz duas grandes mensagens teológicas:

- Cristo não veio apenas para os Judeus, mas para redimir toda a humanidade, Ele é o polo para o qual convergem todas as raças.
- A segunda grande mensagem está relacionada aos presentes oferecidos pelos magos: ouro, incenso e mirra. O evangelista Mateus expressa por esses símbolos a fé vivenciada pelos primeiros cristãos: Cristo é Rei dos Reis (daí o ouro), é filho Deus (o incenso) encarnado (a mirra).

Papai Noel

Ele foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. 

Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos.
Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo. Nos Estados Unidos, a tradição do velhinho de barba comprida e roupas vermelhas que anda num trenó puxado por renas ganhou força.A figura do Papai Noel que conhecemos hoje foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper’s Weeklys, em 1881.

Pinheiro 

É a única árvore que não perde suas folhas durante o ano todo. Permanece sempre viva e verde.

Foi usado pela primeira vez pela rainha da Inglaterra Elizabete e por ocasião do dia 25 de Dezembro , quando oferecia uma grande festa e recebia muitos presentes .
Não podendo recebê-los todos pessoalmente pediu que fossem depositados em baixo de uma árvore no jardim.

Origina-se daí, igualmente, o costume depositar os presentes em baixo da árvore.

Árvore verde também trás a esperança , a alegria e a vida nova .

O verde constante do pinheiro, a vida permanente e plena que Jesus Cristo aparece.

Os presentes

Existem muitas origens para este símbolo. Uma delas conta que São Nicolau, um anônimo benfeitor, presenteava as pessoas no período natalino. Outra tradição mais antiga, lembra os três reis magos que presentearam Jesus. O dia e o motivo de dar e receber presentes varia de país para país.

A origem dos presentes por ocasião do final do ano tem origem pagã e que a tradição cristã foi aos poucos assimilando.

Os romanos, há mais de 1500 anos, tinham o costume de enviar presentes aos amigos no início do ano novo. 

Tal hábito coincidia aos festejos ao deus Janus (um deus bifronte, que olhava para o ano que terminava e para o que começava) e, talvez as origens do nosso reveillon e outras comemorações de fim de ano. Esta festa complementava a festa do sol (25 de dezembro).

Com o crescimento do cristianismo essas festas foram ganhando sentido cristão: Cristo é o Sol que ilumina o caminho dos homens; Ele é o Senhor da História; é o grande presente de Deus à humanidade.

Dar presente é uma maneira muito palpável de demonstrar a solidariedade e bondade humana em dar sem interesse de receber. É vivenciar de maneira simples e ínfima a imensa e infinita bondade de Deus.

O Presépio

Um dos símbolos mais comuns no Natal dos países católicos é a reprodução do cenário onde Jesus Cristo nasceu: uma manjedoura, animais, pastores, os três reis magos, Maria, José e o Menino Jesus.

O costume de montar presépios surgiu com São Francisco de Assis, que pediu a um homem chamado Giovanni Villita que criasse o primeiro presépio para visualizar, sensibilizar, facilitar a meditação da mensagem evangélica, do, conteúdo, do mistério de Jesus Cristo que nasce na pobreza, na simplicidade. São Francisco, então, celebrou uma missa em frente deste presépio, inspirando.

A vela

Por milhares de anos, até a descoberta da energia elétrica há 100 anos, a vela, a lamparina ou lampião a óleo, as tochas foram as fontes de luz nas trevas noturnas.

A minúscula chama afugentava as trevas, a escuridão dando segurança e calor. Por isso na antigüidade alguns povos chegaram a cultuar o fogo como divindade.

Jesus Cristo é a luz que ilumina nosso caminho: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). E “vós sois a luz do mundo … não se acende uma candeia para se pôr debaixo de uma vasilha, mas num candelabro para que ilumine todos os da casa. É assim que deve brilha vossa luz” (MT 5,14-16).

Canções de Natal

A Igreja católica sempre deu muita importância para o valor da música. As primeiras canções natalinas datam do século IV e são cantadas até hoje na véspera de Natal.







O cartão de Natal

A prática de enviar cartões de Natal surgiu na Inglaterra no ano de 1843. Em 1849 os primeiros cartões populares de Natal começaram a ser vendidos por um artista inglês chamado William Egly.

Independentemente da sofisticação, beleza e simplicidade, os cartões são símbolos do inter-relacionamento do homem. O ser humano é comunicação, é relacionamento. A dimensão dialogal, de comunhão, de empatia vem expresso pela palavra escrita. Ao falarmos em palavra, nos vem à mente o prólogo do evangelho de São João: Cristo é o Verbo, a Palavra criadora, unificadora e salvadora de Deus (Jo 1,1-5).


Bolas de Natal
 
Simbolizam os frutos da “árvore vida”, ou seja, Jesus Cristo.






Fonte: Comunidade Canção Nova



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Imagem de Destaque

Os 30 'quês' de uma pessoa madura na fé

Estamos num mundo completamente pluralista


Estamos num mundo completamente pluralista, por isso precisamos nos tornar verdadeiros especialistas em matéria de fé e conversão. Se não for dessa forma, os cristãos “mais ou menos” não vão resistir; daí a necessidade de um amadurecimento real e concreto na fé.

O Projeto Nacional de Evangelização (2004 – 2007) diz que é preciso ter e levar os outros ao encontro pessoal com Jesus, pois só assim vamos nos tornando maduros na fé, que nada mais é do que sermos crianças nas mãos de Deus. Livres da maturidade somente humana que questiona tudo vamos a caminho de sermos verdadeiros cristãos com coluna vertebral.

Textos-base para um aprofundamento e um exame de consciência a respeito da nossa fé: 1 Cor 3, 1-9; Heb 5, 12-14; Ef 4, 11-15.

A pessoa que tem uma fé vivida de forma madura com Deus é uma pessoa:

01 – Que escolhe inteiramente por Deus.

02 – Que sabe discernir a Vontade de Deus.

03 – Que faz a Vontade de Deus até o fim.

04 – Que vive o Evangelho sem questionamentos.

05 – Que é livre em Deus.

06 – Que sabe obedecer.

07 – Que sabe reconhecer os sinais do tempo.

08 – Que vive uma individualidade e não um individualismo.

09 – Que é capaz de viver a alteridade.

10 – Que vive uma fé com obras.

A pessoa que tem uma fé vivida de forma madura com o próximo é uma pessoa:

01 – Que pergunta, sem duvidar do próximo.

02 – Que vive a fé com o próximo.

03 – Que consegue se adaptar com o diferente.

04 – Que se alegra com o crescimento do próximo.

05 – Que reconhece o outro por também ser um filho de Deus.

06 – Que sabe o seu papel na sociedade.

07 – Que contagia o próximo com a santidade.

08 – Que tem como única competição amar mais o próximo.

09 – Que ama com caridade.

10 – Que é original na fé e na opinião.

A pessoa que tem uma fé vivida de forma madura consigo é uma pessoa:

01 – Que tem autonomia na fé.

02 – Que é perseverante, mesmo no sofrimento.

03 – Que se engaja e se compromete.

04 – Que é especialista no que faz.

05 – Que é como para-raios na intercessão.

06 – Que conhece a própria verdade.

07 – Que assume as experiências vividas.

08 – Que sabe receber elogios e também as críticas.

09 – Que sabe falar, mas também escutar.

10 – Que se deixa trabalhar no temperamento pelo Espírito de Deus.
Padre Anderson Marçal

 
http://blog.cancaonova.com/padreanderson



Amor livre, total, fiel e fecundo
Padre Paulo Ricardo.


São Paulo está diante de um caso de imoralidade, de uma união irregular. O Papa Bento XVI, em uma de suas intervenções, fala do divórcio e diz que este é contagioso e está se alastrando pelo mundo inteiro, ele usou a palavra "praga", como uma "pandemia",  e a mídia já começou a gritar que o Papa é preconceituoso.

E muitos dizem que os tempos mudaram e temos de nos adaptar às culturas que são diferentes. Esta conversa sempre se repete: que a Igreja Católica tem de se adaptar aos novos tempos e costumes. Só que o ensinamento da Igreja não é aceito no tempo de hoje e também não o era no tempo de Jesus; em Mateus, 19, vemos isso: "O que Deus uniu o homem não separe", e por causa dessa resposta de Jesus as pessoas ficaram escandalizadas, e a reação delas foi dizer que, dessa forma, seria melhor nem se casar. E as pessoas foram se afastando de Cristo. É exatamente o que a nossa sociedade faz nos dias de hoje.

O índice de matrimônios realizados mudou muito; e com o divórcio pela internet o casamento se tornou uma comédia. Mas nós que acreditamos em Jesus Cristo acreditamos que isso [divórcio] não está conforme a vontade de Deus. Isso é sinal de que a Igreja Católica e nós continuamos fiéis a Jesus Cristo. E muitas denominações que se dizem cristãs e puras e concedem o divórcio com a maior facilidade? Onde fica "o que Deus uniu o homem não separe"? E você pode dizer: mas a Igreja Católica também o concede! A Igreja não concede divórcio; ela analisa o caso para averiguar se o casamento aconteceu de verdade ou se nunca aconteceu. Exemplo: na hora do casamento o padre pergunta se o casal tem as quatro características do amor de Jesus pela Igreja, amor livre total e fiel. E "se é de livre e espontânea vontade que o fazeis?" E o casal diz "sim", no entanto, se um dos dois estiver sendo obrigado a casar, esse casamento será nulo. E a Igreja vai dizer a essa pessoa: "Você nunca se casou, porque o casamento tem de ser livre": primeira característica do amor de Jesus pela Igreja. Jesus amou e se entregou à Igreja, morreu na cruz por Sua Esposa, portanto, a Igreja é livre! Por isso o amor do homem e da mulher tem de ser livre também. Podemos enganar o padre dizendo "sim" com a boca, mas se no coração for "não" você nunca se casou. Os tribunais eclesiásticos existem para descobrir um fato ou mais, o tribunal não cria o fato, ele descobre os fatos [para declarar nulo o matrimônio].

Segunda característica do amor de Cristo pela Igreja: O amor de Jesus Cristo à Sua Igreja é total, tendo amado os Seus amou até o fim, Ele deu tudo, assim também o esposo e a esposa devem se entregar totalmente um ao outro. O casamento é uma partilha da vida completa, não existe esse negócio de dizer: "Isso é meu" e "Isso é seu". Não existe isso, casamento é união profunda, total. Isso não quer dizer que todos têm de casar com comunhão total de bens.

Matrimônio é um amor livre e total. Cristo é fiel e não pode se contradizer, Ele é fiel à Sua Igreja, que é santa, nós os seus membros é que somos pecadores.
Essa é a terceira característica do amor de Cristo pela Igreja. 


Quarta característica do amor de Cristo pela Igreja é fecundo. Isso quer dizer que o casal deve estar aberto para ter filhos. Sexo é uma realidade muito séria e o casamento deve estar aberto à procriação. Se você não aceita ter filhos e está fechada à possibilidade de ter filhos, porque vai deformar o corpo, esse casamento também nunca aconteceu, pois o amor de Cristo pela Igreja é fecundo. "Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância".·.
Essas são as quatro características do amor de Cristo que deve moldar o casamento.

Se você quer viver o sexo, mas não quer viver essa realidade [as quatro características do amor de Cristo] de alguma forma, você está pecando.

Acolher, silenciar e rezar…


 
Maria, a Mãe do Senhor… Assim Isabel saúda a Virgem Maria. Hoje para nós é trivial e comum dizer que Maria é a Mãe do meu Senhor. Só que naquele tempo, 
Maria havia sido visitada pelo anjo apenas. Ninguém sabia. Isso estava apenas no coração da Virgem.

Como pode Isabel chamar Maria de Mãe do Meu Senhor, se isso ainda não fora partilhado com ninguém?

Eu particularmente acredito que Isabel era alguém de muita oração. Seu marido Zacarias servia no templo, o que me leva a crer que esse casal era um casal de oração. Isabel mesmo havia sido visitada pelo Espírito santo na concepção de João Batista.

Estou fazendo essa ressalva para que você perceba que existem revelações que não são contadas as pessoas boca a boca. Não são feitas assim públicamente, pelo menos em um primeiro momento. Mas o Espírito Santo vai revelando determinadas coisas a nós e mesmo sem termos um amparo de alguém, temos a certeza de que aquela revelação interior vem de Deus.

Denominada nos Evangelhos “a Mãe de Jesus” (João 2,1;19,25), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho, como “a Mãe de meu Senhor” (Lc 1,43). Com efeito, Aquele que ela concebeu Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotókos). (CIC§495)

Óbvio que com o passar do tempo, toda revelação Divina que é de cunho público deve passar pela avaliação da Igreja. Porque sabemos que existem pessoas sem o devido “equilíbrio” que saem por ai afirmando “revelações”… Mas o objetivo deste post não é falar das revelações. Quero falar de outra coisa…
Era necessário que alguém confirmasse a identidade de Maria. Ela jamais sairia por ai gritando que era a Mãe do Senhor. Maria não era assim…

Uma vez aprendi com o Ricardo Sá que, nem tudo que Deus me revela em oração eu preciso sair por ai propagando. E tenho certeza que, ele aprendeu isso com Nossa Senhora. Na grande maioria das vezes é necessário acolher, silenciar e rezar (como a própria Maria fez e nos ensina a fazer). Se é vontade de Deus, na hora certa, na hora Dele, Ele mesmo vai confirmar tais revelações através de outros. Repito: Maria não saiu por ai gritando que era a Mãe de Deus. Foram outros que sem serem sido avisados (Isabel, Ana, Simeão…) que profetizaram a respeito da mesma.

Deus nos fala ao coração sempre. Mas não sejamos precipitados. Guardemos no coração acolhendo, silenciando e guardando… Deixemo-nos confirmar pelo Espírito. No tempo certo Ele mesmo vai usar de outros para confirmar aquilo que também Ele semeou em nossos corações.
Que a Mãe de Deus nos ensine! Maria Mãe da Igreja ensina-nos a viver o teu silêncio!

   
Os anjos são santos?
Há distinção entre a santidade  dos anjos e a nossa

 
  Normalmente essa pergunta pode vir à nossa cabeça, mas, como é questão de fé, é importante esclarecer e é bom nos debruçarmos sobre o que diz a Bíblia e a Doutrina da Igreja. Realmente há uma distinção entre a santidade dos anjos e a nossa. Os anjos são santos, mas são espíritos puros dotados de inteligência e vontade e na natureza há uma diferença entre a nossa santidade humana da santidade deles [anjos]. Nós somos humanos dotados de corpo, alma e espírito; os anjos são seres puramente espirituais. Por serem seres espirituais, os anjos bons e maus não podem ter a sua existência provada de maneira experimental e racional; no entanto, a Revelação atesta a sua realidade. Eles são mencionados mais de 300 vezes na Bíblia.  Apesar de sua dignidade superior eles são somente criaturas de Deus, nós somos filhos de Deus. 

Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos números:
328 A existência dos seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto à unanimidade da Tradição. 

332 Eles aí estão, desde a criação e ao longo de toda a História da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino de sua realização: fecham o paraíso terrestre, protegem Lot, salvam Agar e seu filho, seguram a mão de Abraão, comunicam a lei por seu ministério, conduzem o povo de Deus, anunciam nascimentos e vocações, assistem os profetas, para citarmos apenas alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus. 

333 Desde a Encarnação até a Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é cercada da adoração e do serviço dos anjos. Quando Deus "introduziu o Primogênito no mundo, disse: - Adorem-no todos os anjos de Deus” (Hb 1,6). O canto de louvor deles ao nascimento de Cristo não cessou de ressoar no louvor da Igreja: "Glória a Deus nas alturas..." (Lc 2,14). Protegem a infância de Jesus, servem a Jesus no deserto, reconfortam-no na agonia, embora tivesse podido ser salvo por eles da mão dos inimigos, como outrora fora Israel. São ainda os anjos que "evangelizam", anunciando a Boa Nova da Encarnação e da Ressurreição de Cristo. Estarão presentes no retorno de Cristo, que eles anunciam serviço do juízo que o próprio Cristo pronunciará. 

329 Santo Agostinho diz a respeito deles: - “Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espírito por aquilo que é, é anjo por aquilo que faz". Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam "constantemente a face de meu Pai que está nos céus" (Mt 18,10), são "poderosos executores de sua palavra, obedientes ao som de sua palavra" (Sl 103,20). 

Para alcançarmos a santidade Deus nos presenteou com um companheiro de caminhada, que conhece como ninguém a vontade do Senhor: Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. "Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida" (CIC n°336). Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus. Portanto, os anjos são criaturas espirituais que servem ao Senhor e aos homens em relação ao Seu plano divino de salvação. A santidade faz parte da natureza dos anjos, mas para nós seres humanos e limitados pela nossa humanidade ferida pelo pecado, a santidade é uma luta, uma conquista diária, requer vontade firme, renúncias, obediência a Deus e Sua vontade, vida de oração e comunhão com Ele e com os irmãos. 

A Igreja fala de virtudes heroicas praticadas por homens e mulheres que foram fiéis e trilharam uma vida santa e os chama de modelos e intercessores: "Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores. "Os santos e as santas sempre foram fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja." Com efeito, "a santidade é a fonte secreta e a medida infalível de sua atividade apostólica e de seu elã missionário" (CIC 828). 

Deus nos criou para a comunhão com Ele e "O aspecto mais sublime da dignidade humana está nesta vocação do homem à comunhão com Deus. Este convite que Deus dirige ao homem, de dialogar com ele, começa com a existência humana. Pois se o homem existe, é porque Deus o criou por amor  e, por amor, não cessa de dar-lhe o ser, e o homem só vive plenamente, segundo a verdade, se reconhecer livremente este amor e se entregar ao seu Criador" (CIC nº. 27). 

O nosso saudoso Papa João Paulo II afirmou certa vez: "Não tenhais medo da santidade, porque nela consiste a plena realização de toda autêntica aspiração do coração humano. Entre as maravilhas que Deus realiza continuamente, reveste singular importância a obra maravilhosa da santidade, porque ela se refere diretamente à pessoa humana". E o Sumo Pontífice resume tudo dizendo: “A santidade é a plenitude da vida”.

Portanto, Deus Pai, na Sua infinita misericórdia e Providência, nos presenteia com os santos anjos para nos ajudar como companheiros na dura caminhada para a santidade. Por isso, desde criança aprendemos: 

"Santo Anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a Ti me confiou a piedade Divina sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém". 

 A poderosa intercessão de Maria




Desde toda a eternidade, a Virgem Santíssima foi predestinada a ser Mãe do Salvador. Exclamou São Bernardino de Siena a esse respeito: “Vós fostes predestinada no pensamento divino antes de toda criatura, para dar a vida ao mesmo Deus que quis se revestir de nossa humanidade”

Santo Agostinho vai dizer que antes de Nosso Senhor Jesus Cristo nascer de Maria, Ele a conheceu e predestinou para ser Sua mãe. Maria não foi encontrada ao acaso, mas escolhida desde todos os séculos para ser um dia Mãe do Verbo Encarnado. Por isso, diz São Lucas que “o Anjo Gabriel foi enviado a uma Virgem”(Lc 1,26) e não que foi procurar uma virgem. 
Se Deus gerou e predestinou Maria para ser Mãe do Seu Filho, Deus quer continuar a precisar de Maria para não permitir que os homens esqueçam a salvação que Jesus veio trazer.
Maria não é peça descartável nos planos de Deus. Deus não age como muitos de nós que usamos as pessoas para fins interesseiros e particulares. Deus não criou Maria para usá-la e descartá-la. Ele a criou para amá-la e, através dela, amar todos aqueles que em Seu Filho também se tornaram Seus Filhos. 

Um de Seus filhos mais queridos, Sã Bernardo, assim se pronunciou: “Ela é, portanto, essa magnífica estrela de Jacó, cujos raios iluminam o universo inteiro, ilumina o Céu e penetram até os infernos. Maria não se esquece dos seus filhos, está sempre disposta a interceder por nós, não quer perder nenhum para a antiga serpente”. Continua o santo: “Oh! Feliz é aquele que invoca Maria com confiança, pois alcançará o perdão dos seus pecados, dos muitos e graves que sejam; alcançará a graça e a misericórdia, e por fim a eternidade. Nos perigos, na angústia, na incerteza, invoca Maria”. 

A poderosa intercessão de Maria é graça indispensável. Ela roga pelos vivos, mas também por todos aqueles que estão no purgatório. 
“Eu sou a Mãe de todas as almas que se encontram no purgatório e intervenho continuamente com as minhas orações para diminuir as penas que merecem pelas culpas cometidas durante a vida delas”.(Nossa Senhora a Santa Brígida).

Somente um homem de juízo imperfeito não recorre a esta intercessão. Maria é a portadora da misericórdia. Aqueles que nesta vida recorrem a ela terão sua intercessão no dia do supremo juízo. 

Santa Terezinha de Lisieux, não encontrando nenhuma ajuda sobre a terra, se dirigiu à Mãe celeste suplicando que dela tivesse piedade quando, de repente, a própria Virgem em pessoa lhe apareceu: “Me apareceu tão bela, mas tão bela como eu nunca tinha visto nada igual, a sua expressão era de uma bondade e de uma doçura inimaginável, mas aquilo que me penetrou até o fundo da alma, foi o sorriso encantador da Nossa Senhora. Então, todas as minhas penas sumiram, duas lágrimas escorreram em silêncio sobre a minha face, mas eram lágrimas de alegria… Ah, pensei, como sou feliz. Nossa Senhora sorriu pra mim… Mas, não direi a ninguém, porque caso contrário a minha felicidade sumiria.”
 
No casamento de  Caná da Galiléia acaba o vinho, Maria apressadamente vai ter com Jesus: “Acabou o vinho”(Jo 2,3), e Jesus responde: “Minha hora ainda não chegou”(Jô 2,4). 

Verdadeiramente não era a hora de Jesus, mas Maria vê o desespero do mestre sala e dos empregados e pede a Jesus que opere o milagre naquela hora. Maria apressa a graça que Jesus tem reservada para nós. Ela suplica a Seu Filho que opere em nossas necessidades. Todos os dias Maria apresenta as talhas de água das nossas vidas e Jesus nos concede o vinho necessário, que é o vinho bom(Jô 2,10). 

São Boaventura diz que a piedade de Maria era tão grande para com os aflitos enquanto estava ainda neste mundo, que muito maior será a sua piedade agora que está no Céu, da onde vê melhor as nossas misérias. E acrescenta que se Maria demonstrou-se a socorrer àqueles que não a implorava, o que não fará por aqueles que pedem a sua intercessão? 

É por meio de Maria que Jesus opera Seu primeiro milagre; “E este foi o primeiro milagre de Jesus de Cana da Galiléia” (Jo 2,11). Primeiro de muitos que a Virgem desde então tem alcançado, junto a seu Filho, para nós. Maria tudo obtém de seu Filho, em nosso favor.

Oremos nesse dia nos consagrando a Virgem Maria para que através de sua intercessão possamos vencer os combates cotidianos:

Ir. Raphael Estevão da Santa Cruz, PJC.
Fraternitas São Miguel Arcanjo, Santo André-SP
Extraído do livro “Batalha espiritual”

A Confissão - Como se confessar.

Padre Luizinho
blog.cancaonova.com/padreluizinho

A Igreja recebeu o poder de perdoar os pecados no dia da Ressurreição do Senhor. Para fazer uma boa confissão, é necessário fazer um minucioso exame de consciência. Aqui seguem os passos:

1. Cumprir com cada uma das partes da Confissão:

a) Exame de Consciência
b) Dor de coração
c) Propósito de emenda
d) Confissão de boca
e) Satisfação de obra

2. Ter presente a forma de se confessar:

a) Rito inicial:

Sacerdote: Ave Maria Puríssima
Penitente: Sem pecado concebida. Abençõe-me padre porque pequei
Há … fiz minha última confissão. Meus pecados são os seguintes…

b) Corpo do sacramento

- O penitente confessa seus próprios pecados;
- Escuta depois a palavra do sacerdote;
- Aceita a obra de penitência que lhe é proposta para satisfação de seus pecados e para emenda de sua vida;
- Manifesta seu arrependimento recitando o ATO DE CONTRIÇÃO
com a seguinte fórmula:

Senhor Jesus, Cordeiro de Deus
que tiras o pecado do mundo,
reconcilia-me com o Pai pela graça do Espírito Santo;
purifica-me de todos meus pecados
e faz de mim um homem novo. Amém.


- finalmente o sacerdote dá a absolvição ao penitente.

c) Despedida:

Sacerdote: O Senhor perdoou teus pecados. Ide em paz.

Perguntas de ajuda

Examine - ajudado por estas perguntas - que pecados cometeu desde sua última confissão? Trata-se de não ficar somente no exterior, mas nas atitudes do coração e as omissões.

RUPTURA COM DEUS:

Amo de verdade a Deus com todo meu coração ou vivo apegado às coisas materiais?

Me preocupei em renovar minha fé cristã através da oração, a participação ativa e atenta na missa dominical, e a leitura da Palavra de Deus, etc.? Guardo os domingos e dias de festa da Igreja? Cumpri com o preceito anual da confissão e da comunhão pascal?

Tenho uma relação de confiança e amizade com Deus, ou cumpro somente os ritos externos?

Professei sempre, com vigor e sem temores minha fé em Deus? Manifestei minha condição de cristão na vida pública e privada?

Ofereço ao Senhor meus trabalhos e alegrias? Recorro a Ele constantemente, ou só o busco quando necessito?

Tenho reverência e amor ao nome de Deus ou o ofendo com blasfêmias, falsos juramentos ou usando seu nome em vão?

RUPTURA COMIGO MESMO:

Sou soberbo e vaidoso? Me considero superior aos demais?

Busco aparentar algo que não sou para ser valorizado pelos outros? Aceito a mim mesmo, ou vivo na mentira e no engano? Sou escravo de meus complexos?

Que uso tenho feito do tempo e dos talentos que Deus me deu?

Me esforço para superar os vícios e más inclinações como a preguiça, a avareza, a gula, a bebida, a droga?

Caí na luxúria com palavra e pensamentos impuros, com desejos ou ações impuras?

Fiz leituras ou assisti a espetáculos que reduzem a sexualidade a um mero objeto de prazer?

Caí na masturbação ou na fornicação? Cometi adultério? Recorri a métodos artificiais para o controle da natalidade?

RUPTURA COM OS IRMÃOS E COM A CRIAÇÃO:

Amo de coração a meu próximo como a mim mesmo e como o Senhor Jesus me pede que ame?

Em minha família colaboro para criar um clima de reconciliação com paciência e espírito de serviço? Os filhos tem sido obedientes a seus pais, rendendo-lhes respeito e ajuda em todo momento? Os pais se preocupam em educar de maneira cristã a seus filhos e de alentá-los em seu compromisso de vida com o Senhor Jesus?

Abusei de meus irmãos mais fracos, usando-os para meus fins?

Insultei a meu próximo? O escandalizei gravemente com palavras e ações? Se me ofenderam, sei perdoar,ou guardo rancor e desejo de vingança?

Compartilho meus bens e meu tempo com os mais pobres, ou sou egoísta e indiferente à dor dos demais? Participo das obras de evangelização e promoção humana da Igreja?

Me preocupei pelo bem e a prosperidade da comunidade humana em que vivo ou passo a vida me preocupando somente comigo mesmo?

Cumpri com meus deveres cívicos? Paguei meus tributos? Sou invejoso? Sou fofoqueiro e charlatão? Difamei ou caluniei a alguém? Violei algum segredo? Fiz juízos temerários sobre os outros?

Sou mentiroso?

Causei algum dano físico ou moral a outros? Fiz inimizades com ódio, ofensas ou brigas com meu próximo? Fui violento?

Procurei ou induzi ao aborto?

Fui honesto em meu trabalho? Usei retamente a criação ou abusei dela para fins egoístas? Pratiquei roubo? Fui justo em relação a meus subordinados tratando-os como eu gostaria de ser tratado por eles? Participei em venda ou consumo de drogas? Pratiquei fraude?

Recebi dinheiro ilícito?

Celebrar ou não celebrar Halloween?

 Author: Padre Luizinho
QUE É A FESTA DE HALLOWEEN?
O Halloween é uma festa muito comum nos EUA e Europa e é celebrada no dia 31 de Outubro. A comemoração veio dos antigos povos bárbaros Celtas, que habitava a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos.

Os Celtas realizavam a colheita nessa época do ano, e, segundo um antigo ritual, para eles os espíritos das pessoas mortas voltariam a Terra durante a noite, e queriam, entre outras coisas, se alimentar e assustar as pessoas. Então os Celtas costumavam se vestir com máscaras assustadoras para afastar estes espíritos. 
Esse episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os Celtas e outros povos da Ilha, especialmente através de São Patrício no século IV e V; e com o grande São Columbano no século VI. Com isso, a Igreja Católica transformou este ritual pagão, em uma festa religiosa. Esta estratégia religiosa foi ensinada por São Leão Magno e São Gregório Magno. Ela passou a ser celebrada nesta mesma época e, ao invés de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém catequizado, deveria honrar os santos, daí veio o “All Hallows Day”: o Dia de Todos os Santos.

Mas, a tradição entre estes povos continuou, e além de celebrarem o Dia de Todos os Santos, os não convertidos ao Cristianismo celebravam também a noite da véspera do Dia de Todos os Santos com as máscaras assustadoras e com comida. A noite era chamada de “All Hallows Evening”, abreviando-se, veio o Halloween.

Vemos assim que a tradição de comemorar as bruxas ou outros espíritos, não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma conotação folclórica. Devemos, sim, celebrar  o dia de todos os Santos.  Esses são reais e verdadeiros, são modelos de vida para nós e, diante de Deus intercedem por nós sem cessar.

É bom lembrar a recomendação de São Paulo: “As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.  Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele?” (1 Cor 10,19-22).
Do livro “Falsas Doutrinas – seitas e religiões”
Prof. Felipe Aquino.
Halloween não é uma simples festa à fantasia!
 
Muitas pessoas confundem a festa de Halloween, que é comemorada no dia 31 de outubro, com uma simples festa à fantasia, mas na verdade, o dia das bruxas não passa de uma festa pagã e que não tem nada de cristão. Em alguns países, as crianças se fantasiam e saem em grupos batendo de porta em porta dizendo, em coro, a frase: “doces ou travessuras?”, mas na verdade elas estão dizendo “Ou você me dá um doce, ou te amaldiçôo”. Jesus quer que sejamos bons e que não nos identifiquemos nem com as bruxas nem com os monstros, pois nós somos filhos de Deus.

Para ser um sinal de vida e santidade os cristãos sempre tem a oportunidade de celebrar e ser diferente. No Instituto Canção Nova celebramos a Festa de Todos os Santos, principalmente com as nossas crianças nos vestindo de nosso santo de devoção, conhecendo a sua vida e vivendo a alegria da santidade e a intercessão daqueles que viveram antes de nós e hoje se encontram na Vida eterna. Celebre os santos e não as bruxas!

Acredito que devamos celebrar sim o Dia de Todos os Santos, enfatizando o verdadeiro sentido da morte, da santidade e da Vida dada a nós por Jesus Cristo nosso Senhor.
 “Deus, dá-me a sabedoria para mudar as coisas que eu posso mudar; paciência para aceitar as coisas que eu não posso mudar e discernimento para saber a diferença”.

Minha benção Fraterna.
Padre Luizinho,

Comunidade Canção Nova.

Não sejais “presas” de Satanás! 


Num primeiro momento, essa frase nos remete a idéia de caça, alimento, conforme encontramos na própria Palavra de Deus.
“Por que então se tornou presa” (Jr 2,14); “Rugem leões buscando as suas presas, reclamam do Senhor seu alimento” (Sl 103, 21).

Porém, a palavra presa significa também “dente”, e é sobre esse tipo de “presa” que queremos falar, especificamente presas de serpente.

A maioria das serpentes venenosas são equipadas com dentes inoculadores enormes, capazes de injetar veneno em suas vítimas de maneira rápida e efetiva. Estas presas podem estar situadas na parte frontal ou posterior da boca da serpente.

As que possuem dentes inoculadores na parte traseira, posicionam a vitima no fundo de sua boca para dar uma mordida e produzir uma ferida profunda que será a porta de entrada para o veneno. Se a vítima começar a lutar, a serpente pode desferir seguidas mordidas, até certificar-se que a vitima está morta.
As serpentes com dentes frontais costumam atingir a vítima soltando-a em seguida, para evitar que a vítima ao tentar lutar, a machuque. A vítima ferida, não conseguirá ir muito longe, pois a serpente é capaz de encontrá-la pelo olfato.

Nem todos os venenos têm o mesmo efeito. Uns agem no sistema nervoso (neuróticos), outros nas células sanguíneas (hematóxicos). Venenos neuróticos agem mais rápidamente, paralisando a vítima. Já os hematóxicos agem mais vagarosamente, causando morte por hemorragia, ou por coagulação do sangue. Veneno miotóxico atinge os músculos.

O livro de gênesis nos diz que “a serpente era o mais astuto de todos os animais que o Senhor tinha formado” (Gn 3,1).

A serpente representa a força hostil a Deus e a seu plano. Personificação do mal ativo, sedutor ou agressor. Além disso, o nome hebraico de serpente coincide com “vaticínio”. O falso oráculo é arma da serpente contra Eva: tira a base da proibição de Deus, dando-lhe intenções escusas, promete como bem o que é mal, pois conhecer o mal por experiência é um mal.
Satanás é essa serpente presente desde a criação do mundo, buscando de todas as formas atingir o Criador, seduzindo e fazendo perder as criaturas. (Ap. 12, 9).

Seduziu primeiramente Eva, para depois usá-la como “presa” injetando seu veneno também em Adão: “então a mulher percebeu que a árvore tentava o apetite, era uma delícia de ver e desejável para adquirir discernimento. Pegou o fruto da árvore, comeu e ofereceu a seu marido que comeu junto com ela” ( Gn 3,6).

Mas as investidas de Satanás não pararam em nossos primeiros pais. Sabendo que lhe resta pouco tempo, cheio de ódio continua a tramar contra os filhos de Deus. “Mas ó terra e mar, cuidado! Porque o Demônio desceu para vós, cheio de grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12,12). E o pior é que usa do próprio homem para destruir o homem. “Mas, se vos mordeis e vos devorais, vede que não acabeis por destruir uns aos outros” (Gl 5,15).

Todos nós somos chamados a ser canal da graça de Deus, benção para nossos irmãos e irmãs, mas muitas vezes nos tornamos instrumentos de Satanás.
Poderíamos nos perguntar como isso é possível? Afinal somos cristãos, participamos ativamente na nossa comunidade, nos nossos ministérios. Sou um bom pai, uma boa mãe, um bom filho (a), etc. Como, então poderemos ser presas (dentes inoculadores) de Satanás?

Sabemos que muitos são os venenos que Satanás tenta a todo custo injetar em nossos corações, em nossos pensamentos, em nossas vidas: egoísmo, sedução, calúnia, divisão, ódio, desobediência, impureza, mentira, acusação, trapaça, desânimo, fofocas, rancor, soberba, ambição, orgulho, preguiça, inveja, arrogância, grosseria, julgamentos, violência, roubo, drogas, guerras, etc.

Embora seja o arquiteto do Mal, as vezes ele não consegue atingir diretamente seu alvo, pois seu poder é limitado e suas tramas são constantemente desfeitas pelo Supremo General, Nosso Senhor Jesus Cristo. Então, astutamente, utiliza-se de nossas palavras e ações para destilar seu veneno, destruindo sonhos, matando nossa esperança, enfraquecendo nossa fé, afastando-nos de Deus e de seu projeto de salvação.

Quantas pessoas já não foram contaminadas pelo veneno de Satanás, quando esperavam uma palavra de consolo e encontraram indiferença. Neste momento fomos a “presa” onde por onde foi injetado o veneno da decepção. Ministérios desfeitos, famílias destruídas, amizades estremecidas, porque queremos que nossa opinião prevaleça: injeta-se aí o veneno da divisão.

Muitas são as maneiras pelas quais podemos ser para o outro essa presa, esse dente inoculador que a Antiga Serpente tem usado com tanta freqüência. Cega-nos, apresentando o mal como um bem, colocando em nossos lábios a justificativa: “Tudo o que eu fiz foi para o bem dele(a)”, ou seja, cravamos um punhal na alma de nossos irmãos e ainda dizemos que é para o bem e em nome desse “bem”, vamos destruindo, esmagando, dividindo…

Como vimos, cada veneno tem um efeito diferente, porém TODOS TÊM efeitos: um paralisa a vítima; outro mata lentamente e outro deixa seqüelas. A diferença está no tempo que leva para fazer efeito. Ou seja, aquilo que eu faço ou falo, pode destruir o meu irmão imediatamente ou lentamente.
Eva ao ouvir a sugestão da serpente e comer do fruto proibido, tornou-se a “presa” por onde passou o veneno da desobediência, nos levando a perdição. Maria ao escutar a voz do Senhor, tornou-se o receptáculo do Antídoto, que nos trouxe a salvação. Vigiemos nossos atos, coloquemos sentinelas em nossa boca, para que como Maria possamos escutar a voz de Deus e cumprirmos com fidelidade Sua ordem:

“Sê tu uma bênção!!!”. (Gn 12,2).

Irmã Suzana do Coração Agonizante de Jesus
Religiosa da Fraternidade O Caminho

As ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz!

Amados irmãos e irmãs,
Paz e Bem!
Durante esses dias os(as) Pobres de Jesus Cristo estão reunidos em Cascavel (PR) para mais Capítulo. O Capítulo é um tempo privilegiado para escutar a voz do Senhor, refazer as forças e viver a beleza da vida fraterna.

Para continuar seguindo o Divino Pastor é necessário dedicar tempo, como esse, para escutar unicamente a Ele: “… as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10, 4).

Conhecem a sua voz porque estão acostumadas a partilharem de sua intimidade e por isso mesmo aprenderam a distinguir o timbre da sua voz das dos falsos pastores.

Da mesma forma que as ovelhas conhecem o pastor, Ele também conhece cada uma das suas ovelhas (Jo 10, 14) e as conhece pelo nome: “Ele chama pelo nome suas ovelhas” (Jo 10, 3). Ele mesmo foi quem nominou cada uma delas: “Receberás então um novo nome determinado pela boca do Senhor” (Is 62, 2). “Meus servos receberão um novo nome” (Is 65, 15). Só pode receber o novo nome, porém, quem recebeu antes a vocação de deixar tudo e todos.

A nossa vocação é a marca indelével (inapagável, permanente) de Deus em nós, por isso é que diante de uma tentação do tipo: “Será que vou perseverar?”; “Será que é isso mesmo?”, deveríamos afirmar para nós mesmos que é justamente pelo fato de termos vocação que conseguiremos vencer todos os obstáculos. O que estou querendo dizer é que diante das tentações deveríamos não questionar a nossa vocação como se ela fosse o problema, mas, de nos refugiar ainda mais nela. É ela o nosso escudo contra os dardos inflamados do inimigo. 
É ela que nos garante a vitória.

 Quem escuta unicamente a voz do Bom Pastor não terá que se lamentar pelo resto da vida por uma vocação que não foi correspondida. “Todas as maldições cairão sobre ti… porque não ouviste a voz do Senhor” (Deut 28, 45).

Porque, poderíamos nos perguntar, algumas ovelhas se desviam do caminho e seguem a voz dos estranhos? A resposta é simples; porque agiram como a ovelha da parábola contada por Jesus que quis voluntariamente perder-se (Lc 15, 3-7).

Aborreceram-se de pastarem todos os dias nos mesmos campos, ou quem sabe até da própria presença do pastor a quem não viam mais como o amigo de todas as horas, mas, como alguém que as sufocava, que as cobrava, que as impedia de serem livres.

Sua voz já não falava mais aos seus corações. Outras vozes, as dos estranhos, se tornaram mais atraentes: “Seguirei os meus amantes, que me dão meu pão e minha água, minha lã e meu linho, meu óleo e minha bebida” (Os 2, 7b). Antes de seguir seus amantes, porém, já haviam abandonado o Primeiro Amor (Ap 2,4).

Dia após dia foram se alimentando do relapso, da rotina, das improvisações e das mentiras. Já não tinham mais domínio dos sentidos e cada vez mais se deixavam arrastar por aquilo que era imediato e prazeroso. O “Céu” tornou-se uma realidade muito longe e inacessível. 

Passaram a viver mais dos sonhos e fantasias sentimentais do que do ideal vocacional.

Da fidelidade depende a nossa felicidade, talvez a nossa salvação.
Convido a cada um de vocês a nos acompanharem durante esses dias de Capítulo através de vossas orações.

Pe. Gilson Sobreiro

Como se relacionar com Deus?

Como já foi lembrado nas formações anteriores, Deus está próximo de nós e, mais do que isso, está ansioso por participar da nossa vida. É importante destacar que o Senhor é Emmanuel, Deus conosco. Ele é quem sempre dá o primeiro passo em direção ao homem. No paraíso, após a desobediência de Adão, é Deus que lhe vem ao encontro em primeiro lugar e o chama: “Adão, onde estás?” (Gn 3, 9). É sempre o Senhor quem vai em busca do homem. Na encarnação do seu Filho, isso se torna mais manifesto: “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos Ele nos amado e enviado seu Filho único para expiar os nossos pecados” (1Jo 4, 10). Esse chamado de Deus em busca do homem - “’Onde estás?’ – palpita no interior de todos nós o desejo, a sede de Deus. O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, e [...] 

Deus não cessa de atrair o homem para si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar” (CIC 27). E Santo Agostinho diz que o “nosso coração vive inquieto, enquanto não repousar em vós” (Confissões nº 01).

O relacionamento do homem com Deus começa com o início da própria existência. Como lembramos no Salmo 138, desde antes de nascer, Deus já olha por nós. O relacionamento se torna mais íntimo com o sacramento do batismo. É lá que a criança-criatura é acolhida na família de Deus e recebe a adoção, o caráter de filho de Deus. Isso se repete em todos os sacramentos da Igreja: na medida em que participamos deles, vivenciamos a pertença à Sua família. A vida da Igreja nos impulsiona ao relacionamento com Deus. 

Através dos sacramentos – principalmente da Eucaristia e da Penitência – o próprio Deus se revela ao crente. “É pelos sacramentos da Igreja que Cristo comunica aos membros do seu corpo o Seu Espírito Santo e Santificador” (CIC 739).

Nos sacramentos da Igreja, Deus se revela ao homem. “Os sacramentos da nova lei foram instituídos por Cristo e são sete, a saber: o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio. Os sete sacramentos atingem todas as etapas e todos os momentos importantes da vida do cristão: dão à fé do cristão origem e crescimento, cura e missão” (CIC 1210). “O que a fé confessa, os sacramentos comunicam: pelos ‘sacramentos que os fizeram renascer’, os cristãos se tornaram ‘filhos de Deus’ (cf. Jo 1, 12; 1Jo 3, 1), ‘participantes da natureza divina’ (2Pd 1, 4)” (CIC 1692).

Relacionar-se com Deus não é muito diferente do relacionar-se com um amigo. Nessa situação, o diálogo é fundamental. É através dele que os amigos se conhecem e se dão a conhecer. É conversando que eles aprendem o que agrada a um e desagrada ao outro, o que é bom pra um e ruim para o outro. No relacionamento com Deus acontece o mesmo: o diálogo é a oração. É primordialmente através da oração que nos relacionamos com Deus: “Ainda que o homem esqueça seu Criador, ou se esconda longe de Sua 

Face, ainda que corra atrás dos seus ídolos ou acuse a divindade de tê-lo abandonado, o Deus vivo e verdadeiro chama incessantemente cada pessoa ao encontro misterioso da oração. Essa atitude de amor fiel vem sempre em primeiro lugar na oração; a atitude do homem é sempre resposta ao esse amor fiel. À medida que Deus se revela e revela o homem a si mesmo, a oração aparece como um recíproco apelo, um drama de Aliança” (CIC 2567).

Ainda em outro trecho, o Catecismo nos lembra a passagem que representa o encontro de todo o homem com o Filho de Deus: a samaritana no poço de Jacó (cf. Jo 4). “’Se conhecesses o dom de Deus!’ (Jo 4, 10). A maravilha da oração se revela justamente aí, à beira dos poços aonde vamos procurar nossa água; é aí que Cristo vem ao encontro de todo ser humano, é o primeiro a nos procurar e é Ele quem pede de beber. Jesus tem sede, seu pedido vem das profundezas do Deus que nos deseja. A oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede Dele” (CIC 2560).

Como na amizade, o diálogo tem de ser verdadeiro e, na oração, nossas palavras devem ser autênticas. Não podemos cultivar uma relação frutuosa com Deus apresentando-nos apenas com orações decoradas e escondendo o que realmente sentimos. Muitas pessoas não descobrem o valor de um relacionamento sincero com Deus porque não conseguem manifestar a Ele seus reais sentimentos. Vestem uma máscara diante Dele e, não importa o que estejam passando, repetem sempre as mesmas palavras de louvor e adoração. Se nosso espírito está abatido, é assim que devemos nos apresentar a Deus. Se estamos com raiva ou tristes, não podemos fingir que está tudo bem. É a Deus que devemos apresentar nossa raiva, nossa tristeza e todos os nossos sentimentos. A primeira coisa que devemos fazer para conquistar um relacionamento de intimidade com o Senhor é jogar fora as máscaras e apresentarmo-nos diante Dele exatamente como somos.

Existem diversos tipos de oração. Em cada um, nos apresentamos ao Senhor de uma maneira diferente e contemplamos sua Face de modo particular. Na oração de louvor, por exemplo, nos apresentamos admirados e agradecidos por suas obras. O louvor não existe apenas para as coisas boas da nossa vida. Se cremos que Deus é amor, compreendemos que até as coisas ruins que nos acontecem são permitidas por amor. Assim, louvamos também pelas coisas que não nos parecem boas. O louvor é a oração do reconhecimento de Deus, ou seja, com o louvor reconhecemos sua majestade, sua glória, seu poder. Da mesma forma, na adoração, na súplica, na ação de graças, no pedido de perdão e nos diversos tipos de diálogo com Deus, experimentamos sua Graça e sua misericordiosa presença. Vale lembrar as palavras de Santa Teresinha do Menino Jesus: “Para mim a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria”. Um ‘impulso do coração’ é algo espontâneo, que brota do mais íntimo do homem, que não pode ser contido por fórmulas pré-estabelecidas e padronizadas.

É importante destacar que essa oração espontânea é fundamental para construirmos um relacionamento íntimo com o Senhor, porém não substitui as orações ensinadas pela Igreja e que devem ser cultivadas com zelo por todo o cristão. Mesmo na prática de orações recitadas, é preciso que toda nossa alma acompanhe as palavras que recitamos: “Para que essa oração seja algo próprio de cada um dos que nela participam e se torne fonte de piedade e da multiforme graça divina e alimento da oração individual e da ação apostólica, é preciso que nela a mente concorde com a voz, celebrando-a com dignidade, atenção e devoção. Todos cooperem diligentemente com a graça divina, para não a receberem em vão. Buscando a Cristo e penetrando cada vez mais intimamente em seu mistério mediante a oração, louvem a Deus e façam súplicas com a mesma intenção com que o divino Redentor orava” (Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas nº 19).

“De onde vem a oração humana? Qualquer que seja a linguagem da oração (gestos e palavras), é o homem todo que reza. Mas para designar o lugar onde brota a oração, as Escrituras falam às vezes da alma ou do espírito, geralmente do coração (mais de mil vezes). É o coração que reza. Se ele está longe de Deus, a expressão da oração é vã. [...] A oração cristã é uma relação de Aliança entre Deus e o homem em Cristo. É a ação de Deus e do homem; brota do espírito e de nós, dirigida ao Pai, em união com a vontade humana do Filho de Deus feito Homem” (CIC 2565-2563).

O Rosário, por exemplo, nos ensina a contemplar os mistérios da encarnação assim como Maria os contemplou. O Ofício das Horas nos leva a consagrar nossa jornada e elevar nossa mente e coração a Deus nos diferentes momentos do dia. As orações e novenas dos Santos, além de conquistar os frutos de sua intercessão pelo mistério da Comunhão dos Santos, desabrocham em nós o coração suplicante de filhos que clamam. Todas essas práticas devem ser incentivadas em nossos grupos, porém devemos sempre motivar nossos jovens a buscarem desenvolver também a oração espontânea.

É importante também que guardemos esta verdade: a oração é graça, é um dom de Deus para o homem que clama!

Um fato concreto que eleva o relacionamento do homem com Deus ao grau da intimidade é a graça vivenciada pela Igreja com maior intensidade nesses tempos: a efusão do Espírito Santo. O Batismo no Espírito derruba toda barreira no coração humano para o relacionamento com Deus. É claro que sempre devemos nos esforçar para fazer a nossa parte. A Efusão do Espírito Santo é, portanto, o desabrochar da ação da Graça que pode ter ficado sufocada desde o nosso batismo. O Magistério nos ensina sobre a ação do Espírito Santo na Igreja: “O Espírito prepara os homens, antecipa-se a eles pela sua graça, para atraí-los a Cristo. Manifesta-lhes o Senhor ressuscitado, lembra-lhes a sua palavra, abrindo-lhes o Espírito à compreensão da sua Morte e Ressurreição. Torna-lhes presente o mistério de Cristo, eminentemente na Eucaristia a fim de reconciliá-los, de colocá-los em comunhão com Deus, a fim de fazê-los produzir ‘muito fruto’ (cf. Jo 15, 5.8.16)” (CEC 737).

Os nossos Grupos de Oração são terreno fértil e privilegiado para o desabrochar de um relacionamento fecundo entre o homem e Deus. Mas não só  neles devemos buscar esse relacionamento. A oração pessoal é fundamental para crescermos em intimidade com o Senhor. “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á” (Mt 6, 6).

O relacionamento de Jesus com seus discípulos não se dava apenas durante suas aparições públicas, quando curava e pregava a Boa Nova. O momento privilegiado do Mestre com aqueles que chamou a segui-lo dava-se à noite, no monte ou na intimidade com os discípulos, sempre longe da multidão (cf. Mc 4, 10; Lc 9, 18; Lc 9, 28-36; Lc 18, 31; Mt 13, 36). É pela intensidade e pela grande quantidade desses momentos que Jesus, na sua despedida, pôde dizer: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai” (Jo 15, 15). O relacionamento com Deus não pode ser apenas o relacionamento de um servo com o seu Senhor. Devemos querer mais, devemos buscar uma amizade profunda com o Senhor, através dos momentos de intimidade. Isso não virá apenas pelo nosso esforço, mas pela Graça. Assim, devemos colocar-nos à disposição do Senhor e fazer a nossa parte, pedindo a graça da intimidade com Deus ao Espírito Santo. Portanto, importa estar sempre aos pés do Senhor. Essa é a pedagogia do Mestre. Ele ensina na ‘escuridão’, falando ‘ao ouvido’: “O que eu vos digo na escuridão, dizei-o às claras. O que vós é dito ao ouvido, publicai-o de cima dos telhados” (Mt 10, 27).

Leia o restante desta seção da formação na próxima semana!
QUIROGA, Aldo Flores e FLORES, Fabiana Pace Albuquerque. Práticas de Vida e Relacionamento – Ministério Jovem RCCBrasil. Módulo Serviço – Apostila I. 2ª edição.
Siglas:
CIC – Catecismo da Igreja Católica
GS - Constituição Pastoral Gaudium et Spes

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É preciso perguntar a Deus quem Ele quer ao nosso lado

Todas as vezes que nos preparamos para uma luta, temos de levar em conta que é necessário nos colocarmos em oração. Nós não vamos para uma guerra para tirar a vida de pessoas, mas sabemos que todos os dias enfrentamos uma batalha, porque somos atacados pela força do desânimo e da tristeza. Muitas vezes, a tentação usa de pessoas inocentes para nos atingir; seja por meio de palavras, olhares ou gestos. 

Isso faz da nossa vida uma batalha, mas não uma luta contra seres de carne e sangue, pois não querermos a destruição de uma pessoa. Nós queremos vencer todo mal e toda a maldade, combater com as armas da luz, espalhar o bem por onde passamos.

  Nada nos coloca mais prontos do que a oração, porque é através dela que temos a inspiração de agir desde o começo. Moisés, inspirado porque era um homem de oração, disse: "Desce e escolhe alguns homens..."

 É preciso escolher, fazer o discernimento de quem vai estar ao nosso lado para a luta, porque nem todos estão preparados para as mesmas coisas. O Espírito Santo nos capacita para cada situação e nos mostra quem deve estar ao nosso lado na luta, mas somos nós que devemos fazer o discernimento. Há pessoas que estão mais preparadas para nos ajudar. Como vamos descobrir isso? Perguntando a Deus quem são essas pessoas em nosso caminho. Para isso, há duas maneiras. Uma delas é mais simples: você escolhe quem quiser e pede a Deus que a abençoe, que a unja e prepare o coração dela para estar ao seu lado, conquistando aquilo que precisa para o reino do Senhor. Porém há uma outra que é melhor, mais justa, e essa precisamos aprender com Jesus.

Quando Jesus foi escolher os doze apóstolos, Ele subiu ao alto do monte para conversar com Deus e Lhe perguntar quem eram aqueles que o Senhor queria que o próprio Jesus escolhesse. E diz a Palavra de Deus que, depois de ter rezado, Jesus desceu e escolheu quem Ele quis.


Então, meus irmãos, a primeira coisa a fazer é rezar. Depois, esteja atento, porque o próprio Deus vai confirmar, no nosso coração, se é aquela pessoa que deve estar conosco naquele projeto. Se vamos enfrentar algo hoje, temos de estar seguros da vontade de Deus. Procure saber, em tudo o que for fazer, qual é a vontade do Pai. 

Esteja seguro do que Deus quer e peça que Ele vá à sua frente. Peça a intercessão de Nossa Senhora, porque quando dizemos "Maria, passe à frente!", ela faz por nós o que Moisés fez pelo povo. Ela vai à nossa frente intercedendo e abrindo os caminhos para nós, porque o nosso coração ainda é duro, ainda nos é difícil compreender qual é a vontade de Deus a nosso respeito. 


Uma vez que rezamos e escolhemos quem vai estar ao nosso lado, devemos levar conosco a força de Deus. A vara era o sinal da promessa do Senhor; nela estava empenhada a Palavra de Deus, uma recordação para Ele e para Moisés.

Você não tem a vara, mas tem algo que é muito maior do que ela: a Palavra de Deus na sua casa e nas suas mãos. 


Márcio Mendes

Comunidade Canção Nova

Ouça a voz do Bom Pastor!

Padre Roger Luis
Ontem no Quarto Domingo da Páscoa, ao celebrar a Eucarisitia, algo vinha forte no meu coração, a partir da palavra do Santo Evangelho: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las das minhas mãos”. (João 10, 27-28). Só segue o Bom Pastor que é Jesus aquele que sabe ouvir, que sabe escutar a sua voz. E Deus me convidava ao silêncio, um silêncio fecundo e pedagógico, onde os meus sentidos vão ficando sensíveis à voz do Pastor, e a partir de então, consigo corresponder àquilo que Ele me pede e me indica.

Estamos num mundo barulhento, poluído visualmente e sonoramente, e precisamos entrar na dinâmica do silêncio, na dinâmica da intimidade. As ovelhas ouvem a voz do seu pastor, mais sua audição é purificado pelo silêncio, pois senão, corre o risco de escutar outras vozes que não são a do Bom Pastor. São propostas e ofertas de todos os lados, vozes que gritam tentando nos fazer desviar o caminho, tentando nos confundir na doutrina da Igreja, na opção pela radicalidade, na vivência da santidade. E só os que ouvem a voz do 

Bom Pastor é que conseguirão dizer não a essas vozes, dizer não a forte voz da mídia que tenta confundir as ovelhas. No entanto, hoje, como disse nosso saudoso Papa João Paulo II, a parábola da ovelha perdida seria diferente: “o pastor deixaria uma única ovelha no aprisco para ir atrás das noventa e nove que se perderam”, na parábola do Evangelho Ele deixava as noventa e nove no aprisco para ir atrás de uma, daí percebemos o quanto outras vozes desviaram as ovelhas do aprisco. Por isso, se faz muito urgente hoje, esse silêncio para escutar sem ruídos de comunicação a voz do Bom Pastor.
o Discípulo de Jesus é formado aos seus pés, no silêncio da escuta, basta olharmos para as cenas do 

Evangelho onde o próprio Cristo forma os seus discípulos, que são muitas. Um exemplo concreto dessa formação dos discípulos de Cristo (de suas ovelhas) é Maria de Bathânia, irmã de Lázaro e Marta, que senta aos pés do Mestre para escutá-lo, para compreendê-lo, para mergulhar no mistério, e quando Marta o interpela dizendo se Ele não se incomodava com Maria ao seus pés enquanto ela trabalhava arduamente, o Senhor diz a ela: “Marta, Marta!Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”. (Lucas 10, 41).  

Nós precisamos desse silêncio da contemplação da Palavra de Deus, da contemplação na oração, da contemplação do Mistério Eucarístico, da contemplação na adoração. Os Cristão do nosso tempo precisam desse encontro pessoal com o Bom Pastor pelo silêncio do reconhecimento de Sua voz.

João Paulo II na Ecclesia in América (n.10), diz aquilo que me referi acima: “Na escuta da Palavra de Deus, ou seja, leitura orante; na liturgia, principalmente na Eucaristia, como também na visita ao Santíssimo Sacramento; e nos pobres”. Deus nos indica o caminho seguro para adestrar nosso coração e nossos ouvidos em ouvir a voz do Bom Pastor. Pois “o ladrão vem só para roubar, matar e destruir” (João 10, 1o), e são muitas as vozes que estão trabalhando para confundir as ovelhas e desviá-las da voz do Bom Pastor.

Nosso Bom Pastor nos diz: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10, 10), quem deseja a vida, ouve a voz do Bom Pastor e renuncia a todas as outras vozes. O segredo já estamos descobrindo, silenciar para discernir a voz, e porque somos ovelhas do Senhor, temos dentro de nós o dispositivo de reconhecimento da voz do nosso pastor, só precisamos aprimorar a escuta.

Jesus nos diz: “Eu sou a porta das ovelhas(…) Quem entrar por mim será salvo”(João 10, 7.9). Entremos juntos pela porta que é Jesus, ouçamos sua voz que nos chama para a vida.

 Busque escutá-Lo! Ele tem a vida e a salvação para você e para mim!
 

Conte comigo! Estamos juntos!
 

Deus abençoe!
Seu amigo,
Pe.Roger Luis
Canção Nova
 
Jejum: crescimento espiritual sem esquecer a saúde física

Somos convidados para que, na próxima sexta-feira (1º), coloquemos a prática espiritual do jejum em evidência, em intenção pelas eleições nacionais que ocorrerão no domingo.

O jejum pode ser uma grande ferramenta de elevação espiritual. Mas nós sabemos como fazer um jejum sem que ele prejudique a nossa saúde física?

Veja algumas dicas de como praticá-lo de uma maneira correta, para que os seus fins sejam obtidos. O texto foi extraído do subsídio da campanha de jejum e Lectio Divina do projeto Amigos de Deus.

É indispensável lembrar que o jejum é sempre acompanhado de oração e o seu fim primeiro deve ser a conversão tanto individual quanto da comunidade.
 
1. Jejum da Igreja: pode ser praticado por toda igreja, inclusive doentes e idosos, pois se baseia em 03 refeições - café da manhã, uma refeição completa e um lanche. Neste jejum são evitadas balas, doces, chocolates, biscoitos, refrigerantes, bebidas alcoólicas e os cafezinhos.
2. Jejum a Pão e Água: consiste em comer pão quando se tem fome e beber água quando se tem sede e nunca comer pão e beber água ao mesmo tempo, porque esta mistura geralmente gera dores de cabeça.
3. Jejum a base de líquidos: neste tipo de jejum a alimentação é líquida. Exemplo: sucos de frutas e de legumes (não é vitamina),chá, água de coco, soro caseiro, caldo (não é canja, nem sopa).
4. Jejum Completo: é indicado para aqueles que através de treino e disciplina já passaram pelos outros tipos. A pessoa deve ingerir apenas água, ou seja, não pode comer/beber nenhum tipo de alimento sólido ou líquido. O fundamental é ingerir água várias vezes ao dia.
 
Importante: nenhum jejum exclui o café da manhã, este deve ser tomado como de costume, se você não possui este hábito um copo de água morna pela manhã é o bastante para evitar dores de estômago, irritabilidade e dor de cabeça.

ESCLARECIMENTO
 
Deixar de consumir doces, sorvete, bebida alcoólica, chocolate ou ainda deixar de ver televisão não caracterizam jejum. Quando a pessoa se priva voluntariamente de alguma coisa, oferecendo essa prática como sacrifício está se mortificando. As mortificações são práticas válidas e agradam ao Senhor, além de proporcionarem a autodisciplina e o autodomínio. “Ai de vós, doutores da lei, que tomastes a chave da ciência, e vós mesmos não entrastes e impedistes aos que vinham para entrar.” (Lc 11,52)

 ADVERTÊNCIAS

 1. Algumas pessoas não podem, de forma alguma, praticar o jejum, por razões de natureza física. Irmãos e irmãs que tenham doenças como o diabetes, pressão arterial alterada, doenças cardíacas, úlceras, câncer, hemopatias, doenças pulmonares ativas, gota, doenças do fígado e dos rins, infarto recente, doenças cerebrais, gravidez ou idade avançada sem a prática constante do jejum durante a vida. Em suma: Não devemos jejuar sem a aprovação médica ou sob tratamento médico

 2. A volta da alimentação normal, depois de jejuarmos, deve ser feita através de pequenas porções de alimento. Após jejuns médios e longos, é aconselhável:
  - Não adicionar sal aos alimentos, pois o paladar será mais sensível, preferindo alimentos simples, integrais e naturais.
  - Continuar a beber muita água – um litro ou mais por dia.
  - Comer devagar utilizando a mastigação por mais tempo.

 3. O jejum não é uma forma de “pressionar” Deus, nem de obrigá-lo a nos abençoar

Quem fundou a sua Igreja?

Por Carlos Martins Nabeto
Fonte: Agnus Dei


INTRODUÇÃO

Este artigo pode, a princípio, parecer anti-ecumênico, mas não é. Muito pelo contrário, visa esclarecer fatos históricos. Pessoalmente, torço para o êxito do ecumenismo, que tem uma árdua tarefa na busca da aproximação, diálogo e consenso entre as várias denominações cristãs. Contudo, sou obrigado a registrar que, em virtude da imperfeição do ser humano, o ecumenismo caminha a passos lentos… muito lentos mesmo! Na verdade, a discórdia reinante entre os cristãos é fruto mais de interesses pessoais e políticos do que religiosos. É claro que existem diferenças de pontos doutrinais, criados a partir da necessidade de separação e identificação, mas será que existe vontade de discuti-los fraternalmente, a ponto, até, de reconhecê-los como errados?

Volta e meia a imprensa noticia que milhares e milhares de católicos estão indo seguir outras religiões. Vemos, assim, que o católico costuma a ser pacífico, bom ouvinte, o que, aliás, é uma boa virtude ecumênica. Por outro lado, sabemos que muitos católicos assim se declaram porque foram batizados quando crianças, não tendo, após isso, uma verdadeira vida cristã: nunca foram à Igreja (exceto para “pagar” promessas ou participar de missas de sétimo dia), nunca tiveram interesse de participar dos grupos comunitários e nunca se aprofundaram no estudo bíblico e doutrinário da Igreja (no máximo, fizeram a primeira – e única! – comunhão). Infelizmente, vemos atitudes pouco ecumênicas por parte da maioria dos dirigentes de outras igrejas que, aproveitando o fato do pouco conhecimento religioso de boa parte dos católicos, coverte-os às suas respectivas religiões usando, para isso, de artimanhas verdadeiramente anti-ecumênicas. Para discutir esse fenômeno, existem, hoje, duas correntes de pensamento dentro da própria Igreja católica: a primeira acha ótimo esse “êxodo”, já que ocorre uma purificação interna dentro da própria Igreja, uma vez que, como está comprovado, só deixam de ser católicos aqueles que pouco interesse têm pela Igreja. A segunda, embora reconhecendo que essa “purificação” é positiva e que contribui para o aumento da qualidade dos fiéis católicos, afirma que não é justo permitir o afastamento do “joio” já que estes foram, na maioria das vezes, conquistados de forma ilícita, isto é, por desconhecerem a sã doutrina da Igreja, mudaram de fé graças a argumentos duvidosos (apresentados por fiéis de outras igrejas), para os quais não tinham uma explicação satisfatória… De uma forma, como de outra, a própria Igreja católica reconhece que é necessária uma nova evangelização, buscando aprofundar as raízes de todos os fiéis católicos bem como de todos os homens de boa vontade.

TUDO É HISTÓRIA

Ao contrário de todas as demais religiões, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo são religiões históricas, não foram criadas a partir de mitos! Logo, todas as ações realizadas pelos fiéis dessas três grandes religiões ficaram registradas no tempo! São fatos, não lendas; é história, não estória! Não vamos falar sobre os judeus, pois sabemos que eles não aceitaram Jesus como o verdadeiro Messias porque sua visão de Messias, na época de Jesus, era estritamente política: o enviado de Deus que libertaria o povo da dominação romana (aliás, a destruição de Jerusalém em 135 dC pelos romanos foi motivada por essa falsa visão: três anos antes, Bar-Khokba fôra proclamado pelas autoridades religiosas como o Messias libertador). Quanto aos islâmicos, cuja fé baseia-se em Maomé, bem sabemos pela História que trata-se de uma religião com grandes influências do judaísmo e cristianismo.

Vamos, portanto, nos concentrar na fé cristã e ver o que é histórico, o que é verdadeiro, já que, na esmagadora maioria das vezes, os conflitos e divisões são gerados pelos próprios cristãos.

A IGREJA CATÓLICA

Jesus manifestou o interesse de fundar a Igreja (Mt 16,18), Igreja esta que teria autoridade (Mt 18,17), cujo sinal de unidade seria a pessoa de Pedro (Mt 16,18-19; Jo 21,15-17; etc). A Igreja foi oficialmente fundada após a ressurreição de Jesus, no domingo de Pentecostes, com o derramamento do Espírito Santo (At 2). A Igreja cresceu em número, primeiro em Jerusalém, e foi se espalhando pelo mundo graças à pregação e cuidado dos apóstolos. É de conhecimento geral que, naquela época, Roma era a senhora do mundo, o mais vasto império que a humanidade já conheceu. Foram os próprios apóstolos que viram a necessidade do deslocamento do Cristianismo para o centro do império romano a fim de facilitar a pregação do Evangelho. É fato histórico que Pedro e Paulo foram perseguidos e martirizados em Roma. Clemente Romano, ainda no séc. I, nos testemunha esses martírios. Irineu de Lião apresenta, no séc. II, a lista dos sucessores de Pedro, até aquela data. A arqueologia, através de escavações, confirmou a morte de Pedro e Paulo em Roma ao encontrar seus respectivos túmulos. Ao estudarmos a doutrina da Igreja católica, percebemos que ela não se afastou um milímetro sequer desde a sua fundação, ou seja, a Igreja católica atual é a mesma de 2000 anos atrás.

A PRIMEIRA DIVISÃO

A primeira divisão dentro do Cristianismo ocorreu em 1054 dC (aproximadamente mil anos após a fundação da Igreja). É o que se chama de Cisma Oriental. Antes disso, grandes polêmicas tinham surgido dentro do seio do Cristianismo mas, mesmo assim, sempre se chegava a um consenso geral através da realização de grandes Concílios Ecumênicos, que reuniam bispos de todo o mundo até então conhecido. Aqueles que não se adequavam às decisões eram afastados da Igreja, criando – como hoje em dia – comunidades heréticas que o próprio tempo tratou de exterminá-las. Mas o Cisma Oriental foi a primeira divisão que realmente abalou o mundo cristão. Doutrinariamente, os orientais, baseados em Constantinopla, acusaram a Igreja do ocidente de ter acrescentado o termo filioque ao credo niceno-constantinopolitano, resultando na procedência do Espírito Santo a partir do Pai e do Filho e não apenas do Pai, como originalmente registrava tal credo, o que dava a impressão que o Espírito Santo passou a “existir” após o Pai e o Filho. Muito embora a Igreja católica tenha demonstrado e comprovado que tal acréscimo nada modifica na fórmula original, nem impõe uma ordem de procedência já que trata-se do Deus único, a Igreja Ortodoxa jamais aceitou voltar à plena comunhão com a Igreja de Roma, o que bem demonstra que a divisão não ocorreu por motivo simplesmente doutrinário.

Mas então qual seria o verdadeiro motivo da separação? Política! Desde o séc. VII, Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, desejava ter os mesmos direitos da sé de Roma, tendo conseguido obter, no máximo, o reconhecimento do privilégio de segunda, logo depois de Roma. Assim, o argumento do “acréscimo ilícito” do filioque foi usado apenas para garantir a separação na ordem política! Isso é História.

AS DEMAIS DIVISÕES

Após a separação da Igreja Ortodoxa, foram necessários mais 500 anos, aproximadamente, para que nova divisão viesse abalar a Igreja do Ocidente. Também é fato histórico que na Igreja medieval ocorriam vários abusos, a grande maioria ocasionados pelo fato da ligação íntima entre Igreja e Estado; era o Estado que nomeava os bispos, sendo estes pouco preparados a nível religioso. Então era comum encontrarmos bispos que compravam determinada sede episcopal, que eram casados irregularmente, que eram impiedosos por falta de vocação religiosa, etc… Era necessária uma Reforma dentro da Igreja! Vários homens lutaram por essas reformas, cada qual a seu jeito. Francisco de Assis é um desses exemplos: lutou por reformas e conseguiu! Não precisou dividir a Igreja, pois reconhecia sua importâcia e autoridade. Mesmo assim, a Igreja ainda não estava totalmente reformada. Infelizmente, homens como Lutero e Calvino, ao invés de se inspirarem no grande exemplo de São Francisco, acharam mais fácil romper com a Igreja, fundando novas religiões… foi a chamada Reforma Protestante. Lendo a história de maneira completamente imparcial, vemos que, mais uma vez, a política se intrometia no campo religioso. Lutero, para impor suas doutrinas, aliou-se aos príncipes alemães descontentes com as boas relações entre o Imperador e o Papa. Calvino fez de Genebra um Estado cuja política era guiada por preceitos religiosos radicais, com visível orientação antipapal e anticatólica. Ao contrário de Lutero e Calvino, o rei Henrique VIII da Inglaterra estava preocupado em conseguir um descendente (filho) do sexo masculino para ser seu sucessor no trono; como Catarina de Aragão, sua esposa, não conseguia dar-lhe esse filho tão esperado e o Papa não consentisse o divórcio, obrigou ao clero inglês a reconhecê-lo como chefe supremo da igreja na Inglaterra. Observemos, portanto, como os argumentos religiosos são usados por todos, desde o princípio, como justificativa para implantação de idéias meramente políticas.

Lutero havia afirmado que quem dirige o crente é o Espírito Santo, de forma que este não necessita da autoridade de Igreja para ajudá-lo a interpretar a Bíblia, única fonte de fé que deve ser considerada pelo cristão. Esse mesmo ponto de vista foi adotado por Calvino e por todo o mundo protestante. Mesmo sendo oposta à própria Bíblia (2Pd 3,15-16), a livre interpretação ocasionou a fragmentação do Cristianismo em mais de 20 mil ramos, o que é um absurdo, já que cada ramo se julga a verdadeira Igreja de Cristo, tendo como único ponto comum o anticatolicismo. Mas, não reconhecendo a autoridade de Igreja, mais uma vez se voltam contra a Bíblia, pois esta afirma que o fundamento e coluna da verdade é a Igreja (cf. 1Tm 3,15), logo, apesar de possuirem alguns pontos verdadeiros (que são iguais aos da Igreja Católica!!!), não são a verdadeira Igreja de Cristo.

Vejamos a seguinte lista, organizada em ordem cronológica e incompleta, já que seria impossível listar as 20 mil igrejas cristãs hoje existentes:

Ano
Denominação
Origem
Fundador
~33
Fundação da Igreja Católica
Palestina
Jesus
~55
Igreja Católica se fixa em Roma, com Pedro e Paulo


1054
Igreja Ortodoxa
Constantinopla
Miguel Cerulário
1521
Igreja Luterana
Alemanha
Martinho Lutero
1523
Anabatistas
Alemanha
Zwickau
1523
Batistas Menonitas
Holanda
Menno Simons
1531
Igreja Anglicana
Inglaterra
Henrique VIII
1536
Igreja Presbiteriana
Suiça
João Calvino
1592
Igreja Congregacionalista
Inglaterra
John Greenwood e outros
1612
Igreja Batista Arminiana ou Geral
Inglaterra
John Smith
~1630
Sociedade dos Amigos (Quakers)
Inglaterra
George Fox
1641
Igreja Batista Regular ou Particular
Inglaterra
Richard Blount
1739
Igreja Metodista
Inglaterra
John Wesley
1816
Igreja Adventista
EUA
Willian Miller
1830
Mórmons
EUA
Joseph Smith
1865
Exército da Salvação
Inglaterra
Willian Booth
1878
Testemunhas de Jeová
EUA
Charles T.Russel
1901
Igreja Pentecostal
EUA
Charles Parham
1903
Igreja Presbiteriana Independente
Brasil
Othoniel C. Mota
1909
Congregação Cristã no Brasil
Brasil
Luís Francescon
1910
Igreja Assembléia de Deus
EUA/Brasil
D.Berg/G.Vingren
1918
Igreja do Evangelho Quadrangular
EUA
Aimée McPherson
1945
Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB)
Brasil
Carlos D.Costa
1955
Cruzada o Brasil para Cristo
Brasil
Manoel de Mello
1962
Igreja Deus é Amor
Brasil
David Miranda
1977
Igreja Universal do Reino de Deus
Brasil
Edir Macedo

Outros Ramos:
  • Adventistas: Adventistas da Era Vindoura, Adventistas do Sétimo Dia, Adventistas Evangélicos, Cristãos Adventistas, Igreja de Deus, União da Vida e do Advento, etc.
  • Batistas: Batistas Abertos, Batistas das Duas Sementes no Espírito, Batistas das Novas Luzes, Batistas das Velhas Luzes, Batistas do Livre Arbítrio, Batistas do Sétimo Dia, Batistas dos Seis Princípios, Batistas Fechados, Batistas Primitivos, Batistas Reformados, Velhos Batistas, etc.
  • Pentecostais:Cruzada da Nova Vida, Cruzada Nacional de Evangelização, Igreja Cristo Pentecostal da Bíblia, Igreja da Restauração, Igreja Jesus Nazareno, Reavivamento Bíblico, Tabernáculo Evangélico de Jesus (Casa da Bênção), etc.
Como cada uma dessas igrejas defende sua própria doutrina como verdadeira, apesar de se autonomearem como cristãos, excluem-se mutuamente. Contudo, a única Igreja cristã que existe desde a época de Cristo é a Igreja católica. E observando-se que sua doutrina permaneceu imutável nestes 2000 anos, temos que ela é a Igreja de Cristo, apesar das demais possuírem elementos verdadeiros, vestígios de sua ligação comum com a Igreja católica. Uma brincadeira de criança ilustra muito bem nosso ponto de vista: a brincadeira do “quem conta um conto, aumenta um ponto”. Uma pessoa transmite uma mensagem para uma segunda pessoa; entra, então, uma terceira pessoa, que recebe a informação da segunda pessoa, e assim, sucessivamente. 

Não são necessárias muitas pessoas, pois já na quarta ou quinta pessoa, a informação está completamente distorcida da informação original. O mesmo ocorre no campo religioso: como pode, igrejas sem nenhuma ligação com Jesus proclamar-se detentoras da verdade? E como podem essas igrejas atribuir suas mais diversas doutrinas ao mesmo Espírito Santo, sendo estas completamente contraditórias entre si? Não seria uma blasfêmia dizer que o Espírito Santo está ocasionando divisões entre os cristãos se Jesus Cristo afirmou que haveria um só rebanho e um só pastor? (Jo 10,16)

Além da pergunta: “quem fundou a sua igreja?”, outra pergunta interessante a ser feita aos cristãos não católicos é: “qual seria a sua religião se você nascesse há mil anos atrás?”. Nessa época, havia unidade total entre os cristãos e a resposta seria apenas uma: católica. Ora, se não houve mudanças na doutrina desde a fundação da Igreja, é ilógico e contraditório aceitar atualmente doutrinas que não se alinham com as da Igreja católica!!! Pode-se aceitar ritos e disciplinas diferentes, mas não doutrinas!

Quem dá sustentação e vida à árvore é sua raiz! Uma árvore sem raiz não sobrevive nem se mantém segura de pé! E o que temos na raiz desta grande árvore que é o Cristianismo? Na base (raiz) está a Igreja católica (é fato histórico; observe mais uma vez a tabela acima)! Sua raiz bebe diretamente Daquele que dá e é a água viva (cf. Jo 4,10), Jesus Cristo, o Filho de Deus. E é por isso que ela, ainda nos dias de hoje, tem se demonstrado forte e vigorosa (apesar da sua idade), e assim será até a consumação dos séculos (cf. Mt 28,20b).

Para citar este artigo: NABETO, Carlos Martins. Apostolado Veritatis Splendor: Quem fundou a sua Igreja?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4477. Desde 6/8/2007.

NÃO JULGAR Mt 7,1-5

 

A partir do capítulo 7 de S. Mateus, que hoje começamos a ver, o discurso da montanha parece tomar uma nova profundidade, orientado mais em particular para os discípulos, isto é, para os membros da comunidade cristã de Mateus e de todos os tempos.
O contraste exagerado entre o cisco no olho alheio e a trave no próprio pode refletir um provérbio popular de então, a rápida observação das faltas dos outros, em contraste com a tolerância das faltas do próprio caráter, é tema comum em todos os povos e línguas. E por isso, os homens ao longo dos tempos foram compondo provérbios que iluminam claramente as suas culturas e tradições.

No provérbio de hoje Jesus pretende chamar a atenção dos seus discípulos para um perigo que os cerca: o perigo de se considerarem perfeitos e superiores e por isso se separarem dos outros, como fariseus. O significado da palavra fariseu é separado.

O sentido que tem aqui o verbo julgar não é simplesmente fazer-se uma opinião, algo que dificilmente poderemos evitar, mas julgar duramente, ou seja, condenar os outros, como se diz na passagem paralela de S. Lucas: Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.

O julgamento pertence a Deus e não a nós, porque só Deus conhece a fundo o coração do homem. Constituir-se em juiz dos outros é uma ousadia irresponsável, é tomar o lugar de Deus. Deus nos aceita e ama tal como somos, e olha-nos com amor de Pai que dissimula as faltas dos seus filhos, a quem vê através do seu próprio Filho, Cristo.

Se, anteriormente, ao longo do discurso da montanha, Jesus falou do perdão das ofensas e do amor inclusivamente ao inimigo, para tentar aproximar-nos ao menos um pouco da perfeição de Deus, agora está apontando à imitação da sua misericórdia. Como diz o livro da Sabedoria, Deus compadece-se de todos corrige os que caem para que se convertam e acreditem n’Ele.

À medida que usarmos com os outros, usá-la-ão conosco. Isso não quer dizer que Deus - a quem não se menciona no texto por respeito - nos julgará com a nossa medida injusta e impiedosa. Esse não é o seu modo de proceder. Certamente, quem age assim com os outros, expõe-se a um julgamento mais severo para si mesmo.

Deus teria, digamos, duas medidas para o seu julgamento: uma de justiça, outra de misericórdia. Ele medir-nos-á com aquela que nós utilizarmos, nesta vida, com os irmãos. É a mesma lição da parábola do devedor insolvente que é perdoado e não perdoa, ou a contida petição do Pai-nosso: perdoa as nossas ofensas… O que condena o irmão auto-exclui-se do perdão de Deus e cai sob a jurisdição da lei, que não deixará de acusá-lo e condenar como imperfeito que é.

Todos somos imperfeitos, tanto e mais que os outros, ainda que, julgando-os com superioridade, os desprezemos. Tal atitude, desprovida de amor, provém da nossa própria cegueira que nos impede de ver os nossos defeitos. Manter a conscientemente tal postura é hipocrisia astuta, cujo modelo no evangelho são escribas e fariseus.

É muito velho o costume de criticar os outros. Assim, pensamos justificar-nos a nós como melhores. Mas, a experiência demonstra que os mais críticos, os que julgam ser perfeitos, saber tudo e ter a melhor solução para qualquer problema, costumam ser os que menos fazem e levam aos outros.

Um olhar no espelho, uma vista de olhos à nossa pequenez e insignificância, à nossa “trave” no olho, minimizará sem dúvida as falhas dos outros, e far-nos-á mais tolerantes e acolhedores, pensando que os outros também têm que suportar-nos a nós. Conhecer as nossas próprias limitações, admiti-las e aceitá-las ensinar-nos-á, a saber, estar e viver com os outros. Assim, caminharemos em verdade e simplicidade, com ânimo de fraternidade, tolerância e compreensão para com os outros sem os condenar.

Se Deus é otimista a respeito do homem e o ama apesar de tudo, o discípulo de Cristo há-de fazer o mesmo em relação aos seus irmãos. Este é um caminho mais seguro para a realização e a felicidade pessoal do que o engano da presunção.

Meu irmão, minha irmã, nós não temos o direito de julgar, ao menos que tiremos primeiro a trave que está no nosso olho. Ou seja, se eu sou um exemplo, no caso tenho todo direito de julgar, mas através da Escritura, logo, se eu sou um homem integro diante de Deus no que concerne a alguma prática, seja ela confessional, doutrinária, ou moral, tenho duas ferramentas em mãos e que contribuem entre si para o julgamento Cristão; Primeiro: O fato que a Escritura Sagrada condena expressamente determinada prática, e em segundo, eu sou um homem que não pratico tais coisas, e assim, a trave do meu olho já foi tirada, e se eu tirei a trave do meu olho, tenho todo o argumento para tirar o argueiro do olho do meu irmão.

Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo.


As Cinco Fases da Tentação e como Vencê-las!

Por Padre Luizinho no dia fev 22nd, 2010 sobre Quaresma.

A Liturgia sempre coloca Jesus no Evangelho do Primeiro Domingo da Quaresma vencendo as tentações do Demônio (cf. Lucas 4, 1-13). O Nosso Senhor e Mestre não só vence, mas nos dá as dicas para vencer também o nosso inimigo e as tentações pequenas e grandes que enfrentamos todos os dias. O objetivo desta reflexão de hoje será avaliar a nossa defesa e aumentar as nossas resistências frente às tentações e celebrar a vitória com o Senhor Jesus.

O Senhor derrotou o inimigo através da Docilidade ao Espírito Santo, pois “no deserto, ele era guiado pelo Espírito”, da Palavra: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem” ; da Oração: “Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus”; do Jejum: Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome”, e pela Adoração: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás”. Exercendo Sua autoridade que vinha de uma vida coerente e santa. Isso fica bem claro na leitura deste Evangelho.
“O diabo usa cinco formas para atacar o homem. Tentarei explicar, resumidamente, estes cinco modos, que são:
Tentação: a tentação verifica-se quando o diabo tenta você a fazer o que não tem que ser feito, ou que você não faça o que tem que fazer. É sempre uma questão de obediência a Deus. Uma coisa a se manter bem em mente é que nem toda a tentação vem do diabo. A nossa própria natureza ferida pelo pecado nos sugere que façamos o mal, pelo qual somos atraídos.
Opressão: Significa que o diabo, como bom lutador, achando o ponto fraco da minha personalidade dirige o seu ataque nessa direção: poderia ser o poder, a ambição, o ciúme, o ser apegado ao dinheiro, ao sexo, à sensualidade, etc. Cada um de nós tem um ou mais pontos fracos na sua natureza. É bom lembrar de tudo isto especialmente quando procuramos amparo no Sacramento da Reconciliação, se queremos que este seja frutífero ao máximo. A graça deste sacramento, de fato, não consiste somente no perdão do pecado, mas também na cura e libertação.

Vexação: Acontece quando o inimigo ataca pessoas superiores. Temos o caso de Padre Pio, por exemplo, quando o diabo tremia a cama dele e fazia todo aquele teatro. A vexação existe realmente, basta ler a vida dos santos, e veremos quando ela é realidade.
Infestação: Acontece quando o diabo tenta incomodar não a pessoa, mas seus objetos e locais onde ela vive. Também neste caso precisamos ser prudentes e cautelosos na análise desses fenômenos, não excluindo a possibilidade de serem verdadeiros.

Possessão: Acontece quando o diabo toma como sua morada, o corpo de uma pessoa, domina sua mente, domina sua psique, sua vontade. O domínio da alma pelo diabo só se dá pelo pecado. Na possessão, o maligno somente consegue chegar a pisque, à vontade, ao intelecto, não podendo chegar à alma. Ele não pode obrigá-lo a cometer o pecado, mas somente a fazer a ação do pecado, esses casos são os mais sérios e também os mais difíceis de acontecer. Esses são os três modos de possessão: 

- Quando se abre todas as portas para se entregar ao inimigo;
- Quando se abre as janelas, através da prática do ocultismo;
- Quando, com a permissão de Deus, o diabo pega alguém como refém”.



Trecho tirado do livro: Cura do mal e libertação do maligno Frei Elias Vella.
Por isso, não devemos temer o inimigo, mas conhecer as suas artimanhas e usar de todas as armas espirituais e fugir das ocasiões de pecado, porque na graça é muito mais difícil do demônio conseguir nos vencer. Fortaleçamo-nos na Oração, no Jejum, no poder da Palavra de Deus e principalmente na vivencia da Caridade. “Somos mais que vencedores, graças Aquele que nos amou”.

Oração a Nossa Senhora, diante das tentações:

Mãe querida acolhe-me em teu regaço, cobre-me com teu manto protetor e, com esse doce carinho que tens por teus filhos afasta de mim as ciladas do inimigo, e intercede intensamente para impedir que suas astúcias me façam cair. A ti me confio e em tua intercessão espero. e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém

 Conte com as minhas orações.

Padre Luizinho, Com. Canção Nova

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